quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Recital de Fado na Sala Beckett

No passado dia 21 de Novembro fomos actuar na Sala Beckett em Barcelona.  um concerto de Fado em catalão e de fado em  Português ...

Sala Beckett


Miguel Hortigüela na guitarra e eu, Carolina Blàvia, na voz.

Fomos muito bem recebidos. O espaço era muito íntimo, perfeito para o fado e  o público, que dizer?...Atento ao que estava acontecendo lá.

Foi uma noite muito agradável.

Em anexo podem ver um vídeo gravado pelo amigo Jaume Coy (gerente do blog "defado")

E um comentário do blog da Associação de Estudantes Lusófonos Mediterrâneo "Alem" comentando todo o evento e onde hà uma referência à actuação.


Espero que gostem!

Carolina Blàvia i Miquel Hortigüela

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ACTUAÇÃO

LA SALA BECKETT DE BARCELONA

21 de novembro
22:30 horas

Obrador Internacional de dramaturgia  é como eles se definem ...


 


Esta sala que tem uma programação variada e uma série de actividades e propostas interessantes, acolheu no seu programa internacional, um intercâmbio entre a companhia "Artistas Unidos" e a sala  Beckett.

Para mais informações consulte o seguinte link

http://www.salabeckett.cat/lobrador/programa-internacional/intercanvi-entre-la-companyia-de-lisboa-artistas-unidos-i-la-sala-beckett

Uma das actividades específicas deste intercâmbio terá lugar no dia 21 de Novembro:

Teatro português contemporâneo. Uma série de leituras encenadas com texto de Luísa Gomes, Pedro Eiras e Maria José Vieira Mendes.

Depois do concerto, vamos ter o gosto, Hortigüela Miquel (guitarra) e eu de oferecer um curto concerto de fado.

Para mais informações sobre esta e outras actividades que se realizam, não hesite em clicar em:

http://www.salabeckett.cat/lobrador/altres-activitats/teatre-portugues-contemporani-cicle-de-lectures-dramatitzades-textos-de-luisa-costa-gomes-pedro-eiras-i-jose-maria-vieira-mendes

Se gostarem, ca os esperamos,

Sala Beckkett,

C / CA A Gay de Dalt, 55 08024 Barcelona
932 856 722

Segunda-feira 21 de novembro de 2011
Às 22:30 h


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Por que canto o fado?

Uma questão que muitas vezes tenho de responder às pessoas interessadas no trabalho que faço, é porque é que uma menina catalã canta fado ... "Fado à catalã", têm-me  dito...

Muitas vezes perguntei-me isso: com o que me identifico e, também, sobre as semelhanças que poderiam encontrar-se com o espírito Português: o espírito do fado com o espírito dos catalães ...

É difícil definir, pois as razões do coração, são difícils de procurar ... e é claro, que cantar o fado é, entre muitas outras coisas, uma questão do coração.

Na minha opinião, um dos aspectos mais claramente notáveis, é o facto de tratarem-se de dois territórios, países, nações (como gostem) de trânsito, comércio, troca ... o mar tem um papel muito importante e tem despertado formas de expressão cultural bastante peculiares. Multiculturalismo, o mar, o câmbio são factos básicos na sua evolução.



Talvez derivado dessa sensibilidade surgiu uma forma particular de experiência: a "saudade", a saudade, o desejo de sair, fugir para terras distantes...terras prometidas. Saudade daqueles que vêem seus seres queridos irem embora... se calhar também a nostalgia gerada pelo próprio feito da constante mudança, por vezes difícil de entender, específico da terra que é
Terra de “passagem”.

É curioso que no século XX, no início do século de um certo renascimento cultural na Catalunha e em Portugal, autores como Pessoa ou Pascoaes, em Portugal, falarem da "Saudosismo" para descreverem um sentimento, uma corrente nacional. Na Catalunha, outros (Ribera e Rovira, Maragall ...) falarem de "enyorantisme" como um fluxo paralelo de correntes, de semelhanças entre os dois povos ... fraternidade dos povos, dos dois mares ...

REFERÊNCIA:
 Há um livro muito interessante que, na sua introdução, inclui informações sobre o exposto, e dá muitas referências a outros livros e autores. Para aqueles que querem aprofundar, é claro: "Fernando Pessoa: escritos sobre a Catalunha e Iberia". Edição e tradução: Victor Martinez-Gil. L'Avenç 2007.

É, talvez por isso, que esta Catalã escreve e canta fado? Talvez sim ... talvez haja uma parte do "inconsciente colectivo", talvez seja certo que a terra que nos vê crescer, causa em nós uma forte impressão.

Lendo o artigo dum amigo (inter-fado) que reflete sobre o que é o fado e por que pode ser considerado universal, pensava como, de facto, a universalidade tem tido impactado em mim, aqui e agora.

VEJAM:


Um aspecto que acho interessante e me permitiu avançar no discurso é o facto de que, além das semelhanças históricas e culturais com o país vizinho, tudo o que o fado tem  de universal e, como diz A. Brecht, “o universal preservado pelo fado”, pode retomar-se novamente para ser "reinventado", "personalizado" e "redesenhado" ...

O Fado, na minha opinião, não tem apenas uma única face: a Portuguesa, o desejo, a paixão ... tem muitas faces e guarda muitos segredos que cada país, cada pessoa, cada sensibilidade, pode recuperar e voltar como algo novo, diferente.

Provavelmente é isso que nos confere o direito, a todos os cantores e músicos não portugueses, de expressar o fado Português. Um fado aberto, novo, À nossa maneira. Acredito que com novas influências, novas tendências e formas de expressá-lo, o fado pode ser muito enriquecido e preservado.

Outra conclusão, tirada a partir desta, é que eu acho mesmo que resistir à diversidade (como nos custa, às veces, a aceitar os recém-chegados), é esta que faz sair o melhor de cada povo ... e, para prová-lo, só precisa de ouvir um bom e velho fado e depois contam-me...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ACTUAÇÃO

Se gostam de ouvir um pouco de fado...

Na próxima sexta-feira, 4 de novembro, às 22h, actuaremos em “La Rosaleda” de Balaguer.
Pl. Pau Casals (esquina com Passeig Estació). Balaguer.

Entrada gratuita, de acordo com a capacidade do local.
http://www.larosaleda.info/nou/




 

Desta vez, Carolina Blàvia será acompanhada pelo guitarrista Miquel Hortigüela

Gostaríamos de  ter a sua companhia!

Carolina Blàvia

domingo, 9 de outubro de 2011

Inter Fado

É claro que, se cantamos fado e estamos entusiasmados com ele, sem sermos portugueses, é pelo que a música tem de universal, capaz de transcender as fronteiras ... talvez não seja exactamente a música, talvez o facto de que a expressão humana, desde a sensibilidade, não conhecer qualquer límite.

Ultimamente tenho estado em contacto com pessoas que. como eu, estão apaixonadas por esta música. Trabalham a partir de perspectivas mais abrangentes e integrais. Actualmente faço parte do grupo Interfado, que procura transmitir toda a universalidade existente nesta música.

Cada vez mais trabalhamos nesta linha. Trata-se de desenvolver um discurso mais aberto para mostrar como entendemos o fado e a sua expressão: aos portugueses mas tambem aos “não portugueses”. Inclusivamente, como é interpretado o fado a partir de outras perspectivas artísticas, como a dança ou A pintura-design.

http://visualmusic.ning.com/profile/ArleneRabinowitz


Desta forma, o fado ganha uma nova dimensão. Descontextualiza-se do seu territorio para ganhar uma visão mais abrangente, património da sensibilidade humana. Um fado mais integrado, mais completo, mais conhecido ...

Deixo um “link” onde pode encontrar uma série de pinturas inspiradas na música do fado ... interessante de ver ...

https://www.facebook.com/groups/297442593606466/doc/297929470224445/

http://visualmusic.ning.com/profiles/blogs/visual-music-abstract-art-and

Espero que gostem

Carolina Blàvia

domingo, 3 de julho de 2011

bemvindos/as

Bem-vindo a este blog.

Em breve poderão consultar nestas páginas tudo sobre a minha carreira musical, concertos ao vivo e novos projectos.

Saudações.
Até breve.