quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ACTUAÇÃO 21 janeiro 2012

Música e cores

A cor da nova etapa - como Carolina Blàvia - é o azul. Cor corporativa... não sei porquê, mas eu senti que eu gostava que fosse essa cor.

Portanto, parece lógico que no concerto "apresentação" ou "actuação-mostra" (por que é uma viagem, um trabalho que se constroi dia a dia) a cor também seja azul.

Mas os números, cores e formas, são livres ... pelo menos na minha cabeça. Transformados e distribuídos aleatoriamente. Aparentemente de forma aleatória.

Nesta Primavera, um dia eu visualizei um desenho a preto e branco ... mas circular aberto, círculos, espaços ... uma imagem com movimento na minha mente. Figuras caprichosamente movendo-se no espaço.


É engraçado, mas não sei como é que aconteceu... resultado da escolha de pequenos detalhes do “atrezzo” que, inicialmente, tinham de ser azuis, foram transformadas até ao preto e branco ... como muitas vezes, acontece-me de repente, nos desenhos, são eles que decidem como são, como vão combinar-se ... desta vez, aconteceu-me na vida real ...

A cor corporativa da Carolina é azul (entre outras coisas, o meu nome significa originalmente isso), mas por escolha da minha mente ... mmm ... sim, eu acho que é a minha mente quando faz o que ela quer, as cores vão ser preto e branco. Formas redondas, círculos e espirais abertos, movendo-se, suave e livre ....
 
Conclusão: Finalmente o concerto será apresentado em preto e branco.

É radical ... mas cuidado! Muitas vezes, as coisas não são o que parecem!
 
Um abraço aos leitores /as!

 Carolina Blàvia

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ACTUAÇÃO

Depois de um ano a trabalhar em novo projeto, procurando novas formas de expressão, começam a aparecer novas imagens.
Alguns itens recuperados e outros recriados de novo. Alguns arranjos própios e outros redefinindo o já existente
A contribuição do piano e guitarra permite uma nova forma de expressão e dão um conjunto de cores diferentes.
Um trabalho que é um processo de elaboração contínuo, com contribuições dos três participantes:


Guitarra: Miguel Hortigüela
Piano: Pancho Marrodán.
Voz: Carolina Blàvia.

Se você quiser ouvir ...

Sábado 21 de janeiro de 2012
Horário: 22:30
Location: Lleida Café Teatro.
Tickets: Advance / reduzida: € 6 / € 8 na porta.

Foto Juan Miguel Morales

 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Paixões diagonais


Todos chegamos ao Mundo dotados de muitas formas de expressão. A capacidade de  palavra, de fazer música, os gestos, imagens geradas de forma voluntária e involuntariamente...

De facto, um aspecto que nos distingue como seres humanos dos outros animais é, entre outras coisas, a capacidade de expressão elaborada com a nossa sensibilidade.

Quando um músico, um pintor, expressa qualquer coisa, na minha opinião, o que está a fazer é "codificar" aquilo que ele quer explicar.

Uma maneira de trabalhar o som, de aprofundar a minha própria maneira de sentir e expressar o que me suscita o fado, é através da voz, mas ao pensar sobre diversas formas de expressão achei interessante de me expressar e trabalhar a música não só nos ensaios (sozinha ou com o grupo) mas também através do desenho. Explorar assim novas maneiras de "dizer" e expressar a mensagem (sinestesia).

Além disso, é importante destacar também os efeitos "terapêuticos" pelo facto de expressar aquilo que somos e sentimos:  pintando, cantando ... são formas de expressão para todos/as. Todos/as nós temos sensibilidade, todos/as podemos encontrar maneiras de nos expressar .. ao contrário do que muitas vezes temos ouvido, não só podem  pintar ou cantar ou dançar aqueles que tecnicamente o fazem “bem”. Todos/as podemos. Apenas para ... reinventar, re-existir, re-criar-nos ... Encorajo-vos a que experimentem.

Quero compartilhar algumas imagens desenvolvidas a partir do trabalho realizado com um novo tema do meu repertório actual; Paixões Diagonais.

O primeiro desenho é o impacto do som, a visão da própria forma de executar. O segundo, é criado a partir do primeiro de uma forma inesperada e expontaneamente. Gerados a partir de criação da minha própria maneira de entender e, portanto, de expressar a música:

A música é acompanhada de voz e piano. Os arranjos são da pianista Maria João Pires e Pancho Marrodán executa e redefine para executar à sua própria maneira. Em breve no meu blog vou mostrar a canção. Poderão visitar:

http://carolinablavia.blogspot.com/p/videos.html

Em anexo as fotos com um breve comentário sobre o desenvolvimento:

Paixões diagonais 1

Momentos de  explosão, expressivos ao mesmo tempo contidos. Resultando uma explosão, contínua mais doce, fluindo.
A expressividade deixa-se ir...  está contida e lançada como o mar referenciado em algum momento da música.
Explosão de expressividade e sensibilidade que contrasta com o ritmo e o texto se calhar mais estereotipado do fado típico (sempre a destacar os aspectos emocionais. O desamor neste caso).
Capacidade de acesso a capas mais profundas mais calmas e tranquilas. Movimento expansivo contínuo.
Auto-expressão e  abertura. Criação de um fundo para conter o que está acontecendo, o que diz.
Paisagem cada vez mais aberta, mais criativo. Aprofundar ainda mais para escapar do estereotipado.


Paixões diagonais 2

Construção de nova existência.
Reinventar a partir da espontaneidade. Superar as velhas formas e aplicação de novas aprendizagens.
Capacidade de criação figurativa livre. Desde nada ao desenho. Evitando "o que se espera". À procura de descobrir novas formas espontâneamente.
Encontrar uma forma de expressar a realidade. Uma visão da sensibilidade.
Um todo em construção contínua, pacífica e livre.
Precisa duma estructura para fornecer o que contei.
Ao adicionar a estrutura, podem observar-se os elementos primários que dão lugar as formas mais explícitas.
Figuras que vão tornando-se menos geométrica, mais originais e exclusivas.
Estrutura subjacente que suporta a criação.

Se você estiver interessado em obter mais informações sobre processamento inter-modal, a sinestesia, arte-terapia e a possivel relação com o fado, não deixe de visitar:


Espero que gostem ...

Carolina